PLANO DE CURSO DE LÍNGUA PORTUGUESA



Escola

Série: 7º Ano
Ano
Número total de alunos
Professor: Márcio Alessandro de Oliveira


Justificativa:
O ser humano é dotado de cognição, linguagem e sentimentos. Uma vez que a linguagem verbal, dividida em línguas, é condicionada pela realidade ao mesmo tempo que também influencia o contexto em que é usada, é ela que constitui o sujeito e sua realidade interior. Esta depende do vocabulário e de conhecimentos de mundo (conhecimentos empíricos, do senso comum), aos quais se acrescentam os conhecimentos escolares e enciclopédicos. Um deles é o conhecimento metalinguístico, que se constrói mediante o uso da língua durante o estudo do idioma e de suas normas (os modelos formal e informal da fala e da escrita). Os fenômenos estruturais e funcionais da língua se vinculam à sua taxionomia, de que trata o presente curso.

Objetivos gerais:
Este plano de ensino é norteado pelo desejo de formar cidadãs e cidadãos para uma sociedade democrática, solidária, plural, cooperativa e ética. Para isso, pretende vincular os conteúdos e as habilidades da ementa às realidades interna, externa, social e histórica dos alunos, de modo que possam os discentes interagir com os saberes instituídos e os instituintes, divulgados em textos científicos e outras fontes presentes nas referências deste plano. Os conhecimentos de morfossintaxe revelam o funcionamento do idioma e são amparados por textos literários e não literários. Sem eles, é inviável a criação de possibilidades de letramento e de construção de conhecimentos relativos às normas linguísticas e à ética. Também é esperado que os alunos percebam que a norma culta-padrão descreve cientificamente bem o idioma, embora, infelizmente, ela tente impor um modelo linguístico que ela considera superior aos outros.


1º Trimestre: Unidade I: Revisão, avaliação de sondagem e morfossintaxe


Objetivos específicos
Conteúdos
N. de aulas
Procedimentos
Recursos
Avaliações
1. reexaminar conteúdos anteriores a fim de estabelecer as diferenças entre os nomes e o verbo;

2. conceituar língua e gramática.

3.conceituar morfossintaxe;

4. definir sintaxe como combinação, sequência ou ordem das palavras;

5. definir sintaxe como estudo do funcionamento das palavras no esquema classe-função-função-classe;

6. mostrar que a língua sofre as variações histórica, geográfica, social e de idade no vocabulário, no sotaque e na sintaxe;

7. conceituar dialeto e idioleto.
1.Apresentação das regras de convivência (acordo de boas maneiras).

2. Diferenças entre o verbo e os nomes; nomes variáveis e nomes invariáveis; flexões nominais: gênero, número e grau; flexões verbais: de número e pessoa e de tempo e modo; as 1ª, 2ª e 3ª pessoas (do singular e do plural); as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª conjugações; paradigma de conjugação verbal; introdução aos modos verbais.

3.Língua, gramática e sintaxe.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro, apagador, fotocópias do acordo de boas maneiras e fotocópias da carta-aula intitulada Linguagens, língua, signo linguístico, Semiologia, Linguística, comunicação, gramática e discurso.
Avaliação de sondagem.
1. identificar o início e o fim de uma frase;

2. reconhecer que apenas certos sinais de pontuação podem encerrar as frases;

3. classificar as frases em nominais ou oracionais;

4. reconhecer o verbo e a locução verbal;

5. reconhecer o verbo como sendo a alma da oração e que o número de verbos ou locuções verbais é igual ao número de orações dentro da frase;

6. classificar os períodos em simples ou compostos;

7. identificar o início e o fim de uma oração;

8. contar o número de orações dentro do período;

9. reconhecer a oração absoluta;

10. reconhecer o vocativo tanto em frases nominais como em frases oracionais e o uso de vírgula em função dele.

4. Introdução à sintaxe: frase, período e oração.  



Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios.
1. identificar o sujeito, o predicado e o vocativo;

2. encontrar o vocativo, um termo independente da oração, em frases nominais e também nas oracionais;

3. reconhecer que nem sempre o sujeito é o primeiro termo da oração;

4. aprender que nem sempre o verbo concorda com o sujeito;

5. identificar casos de concordância atrativa;

6. conhecer o princípio segundo o qual não se usa vírgula entre o sujeito e o verbo;

7. aprender as regras segundo as quais sempre se usa vírgula antes do vocativo, depois dele e antes e depois dele.
5. Os termos essenciais da oração e termo independente: sujeito, predicado e vocativo.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e fotocópias.
Exercícios de fixação.
1. definir e ilustrar o sujeito determinado simples em consonância com a noção de sintagma nominal (formado que é por um determinante e um determinado);

2. mostrar casos em que o sujeito simples não contém um adjunto adnominal;

3. conceituar o sujeito composto;

4. revelar como funciona a corcordância entre sujeito formado por expressão partitiva e o verbo;

5. examinar a elipse, o zeugma e o elisão;

6. entender a inferência que permite que se conclua que existe um sujeito oculto graças à desinência de número e pessoa;

7. definir e exemplificar o sujeito indeterminado com a partícula se (índice de indeterminação do sujeito) e a preposição de (locução unipessoal);

8. mostrar o sujeito indeterminado da oração com verbo terminado em som nasal sem cair no estúpido e detestável reducionismo segundo o qual todo verbo terminado em som nasal indica sujeito indeterminado;

9. explicar o sujeito inexistente, a oração sem sujeito e a “concordância” verbal a eles inerente;
10. mostrar que todo termo que não é sujeito nem vocativo é predicado;

11. mostrar que o verbo está sempre dentro do predicado.
6. Tipos de sujeito I

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios.
1.      identificar o sujeito agente;

2.      identificar o sujeito paciente;

3.      distinguir a voz passiva analítica da sintética;

4.      identificar o agente da passiva;

5.      reconhecer o sujeito reflexivo
7. Tipos de sujeito II.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
1. dividir os verbos em dois grupos: o dos copulativos (de ligação) e os nocionais (de ação);

2. apontar e ilustrar os principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, permanecer, continuar, tornar-se.

3. dividir os verbos de ação em transitivos e intransitivos;

4. mostrar os verbos transitivos: os diretos, os indiretos e os bitransitivos;

5.distinguir os complementos verbais: o objeto direito do indireto.

6.ressaltar a ligação entre os verbos intransitivos (de sentido completo) e os adjuntos adverbiais (modificadores dentro do sintagma).
8.Tipos de verbo sob a luz da sintaxe: verbos de ligação e verbos nocionais (de ação); os complementos verbais (termos integrantes da oração).

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
Revisão para a avaliação trimestral.
Avaliação trimestral.
Recuperação paralela.
Recuperação trimestral.

2º Trimestre: Unidade II: Morfossintaxe do período composto

Objetivos específicos
 Conteúdos
N. de aulas
Procedimentos
Recursos
Avaliações
1. definir o predicado nominal;

2. ilustrar o predicado verbal;

3. exemplificar o predicado verbo-nominal;

4. distinguir o predicativo do sujeito do predicativo do objeto;

5. distinguir o predicativo do sujeito do adjunto adnominal.
1. Tipos de predicado

Aula expositiva dialogada
Aula expositiva dialogada.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
1.distinguir os casos que exigem o complemento nominal em função dos tipos de substantivo e os que exigem adjunto adnominal preposicionado.

2.estabelecer as diferenças entre o mim, o eu e o me num estudo de casos que envolvam o complemento nominal.
2. O complemento nominal e o adjunto adnominal preposicionado.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
1.distinguir os tipos de aposto.
3. Os tipos de aposto.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
1. recapitular as noções dos dos 1º e 2º trimestres;

2. distinguir os termos essências dos integrantes;

3. identificar os termos acessórios;

4. reconhecer o termo independente (o vocativo);

5. dividir os termos em dois grupos: o dos relacionados ao nome e o dos relacionados ao verbo.
4. A hierarquização dos sintagmas da oração: os termos essenciais, os termos integrantes, os acessórios e o termo independente; termos relacionados ao verbo e termos relacionados ao nome.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: exercícios de fixação.
Revisão para a avaliação somativa trimestral.
Avaliação somativa trimestral.
Recuperação paralela.
Recuperação trimestral.



3º Trimestre: Unidade III: Semântica e Técnica de Redação

Objetivos específicos
Conteúdos
N. de aulas
Procedimentos
Recursos
Avaliações
1.expor o conceito de implícito em oposição ao de explícito;
2.distinguir o pressuposto do subentendido.
1. Implícitos: o pressuposto e o subentendido.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa em forma de exercício.
1.distinguir significado de sentido;
2.demonstrar que o significado é estático no dicionário (criado por Diderot?);
3.mostrar que o sentido é efeito da interação verbal;
4.mostrar que o sentido depende da escolha de palavras, que nunca é neutra;
5.distinguir a denotação da conotação;
6. exemplificar a metáfora e a metonímia;
7. expor e explicar os tipos de metáfora e os tipos de metonímia;
8. reconhecer a importância do contexto e de contexto na produção de sentidos;
9. distinguir os vocabulários ativo, passivo e ignoto.
2. Sentido denotativo e sentido conotativo; metáfora e metonímia.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro, apagador e cópias dos trechos iniciais do romance O Guarani.
Avaliação formativa em forma de exercício.
1.         identificar variantes gráficas;
2.         reconhecer que nem sempre o som é confiável;
3.         demonstrar que certas letras, como o, e e x podem representar mais de um fonema;
4.         mostrar alguns usos do hífen;
5.         classificar os homônimos e os parônimos;
6. analisar sinônimos e antônimos;
7. reconhecer que não há sinônimos perfeitos;
8. estudar hipônimos;
9. examinar hiperônimos;
10. explicar e exemplificar as nuances que diferenciam os quatro porquês.

3. Homonímia, paronímia, hiponímia, hiperonímia, sinonímia e antonímia; os quatro porquês.

Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro e apagador.
Avaliação formativa: adedonha.

Avaliação em forma de estudo de caso com os quatro porquês.
1. expor as enormes diferenças entre a fala e a escrita;
2. listar condições ideais (mas não necessariamente possíveis) de produção de textos escritos altamente monitorados.
4.Língua falada e língua escrita.


Aula expositiva dialogada.
Pincel, quadro, apagador e fotocópias das páginas 45, 46 e 47 do livro Redação com base na Linguística.
Avaliação formativa para o lar: pesquisa sobre o Prof. Antônio Mascuschi.
1. estabelecer os conceitos de tipologia e gêneros textuais.  (Por quê? Porque a distinção entre tipologia e gênero facilita os estudos de Redação, que, na opinião do professor, devem seguir as diretrizes do professor Luiz A. Marcuschi, lido por Gerson Rodrigues. Para quê?  Para que o aluno entenda que a fuga de tipologia pode causar fuga de gênero em certos casos; entendendo isso, não cairá nesse erro no Enem ou nos outros vestibulares.)
2. fixar a diferença entre exposição e argumentação. (Por quê? Porque é preciso reconhecer a argumentação como tipo textual predominante nos textos exigidos no vestibular. Para quê?  Para que o aluno consiga fazer com que a tipologia certa prevaleça na prova de Redação do Enem e dos outros vestibulares.)

Objetivos mais específicos:

: mostrar e definir as tipologias (tipos de texto ou modos de organização do discurso);
: mostrar as características dos gêneros, mencionadas no texto que será levado à lousa (está dentro do primeiro objetivo menos específico);
: mostrar que a argumentação depende fundamentalmente de uma tese;
: mencionar gêneros em que predomina a argumentação.
5.      Tipologias e gêneros textuais.


Aula expositiva dialogada.
Quadro e pilot.
Avaliação formativa em forma de exercício.
1.expor a tipologia narração, que é um modo de organização textual, e seus elementos: tempo, espaço, personagens e enredo;

2. distinguir a história real da ficcional com base em princípios teóricos, como o uso de testemunhas, gravações, documentos, etc.;

3.examinar notícias, relatos, crônicas, contos e reportagens.
6. Tipologias e gêneros textuais: a narração: relatos, notícias, reportagens, contos e romances.

Aula expositiva dialogada.
Aparelhos audiovisuais para a exibição de filmes.

Cópias de uma resenha do romance Harry Potter e a Pedra Filosofal.
Avaliações formativas:
1.questionário;
2.produção de textos narrativos.

Avaliação formativa oral: maiêutica iniciada com a seguinte provocação: quando um cão morde uma pessoa, não há notícia.
1. levantar, em linhas gerais, especificidades da prova de Redação do Enem;

2. demonstrar que na Redação do Enem prevalece a argumentação;

3. mostrar que nela pode haver outras tipologias, que são acessórias;

4. mostrar que a Redação do Enem é semelhante a outros textos argumentativos, mas que ela contém diferenças;

5. expor, em linhas gerais, a grade avaliação da prova de Redação do Exame Nacional do Ensino Médio;

6. expor o título como sendo opcional.
7.      O gênero textual que mais interessa: Redação de Enem e suas especificidades.


Aula expositiva dialogada.
Quadro e pilot para a exposição da seguinte fórmula:

título (opcional);
introdução (com tese e lista de argumentos);
argumento 1 (com causas e efeitos);
argumento 2 (com causas e efeitos);
argumento 3 (com causas e efeitos);
conclusão (com retomada da introdução e proposta de intervenção).

Cópias do texto O Ministério da Saúde adverte, de Nelson Machado.

Cópias dos artigos Cotas na universidade e O crescimento das universidades particulares.
Avaliação formativa em forma de exercício.
1. apresentar a diferença entre assunto e tema;
2. identificar as palavras-chave e os modificadores, os quais direcionam o tema.
3. encarar o tema da prova como uma situação-problema;
4. reconhecer a diferença entre tema afirmativo e tema interrogativo.
8.      A interpretação do tema e o estabelecimento da tese.


Aula expositiva dialogada.
Quadro, apagador e pilot.
Avaliação formativa em forma de exercício.
: mostrar as etapas pré-textual e textual do planejamento de um texto argumentativo apropriado para o Enem;
: apresentar o rascunho como etapa subsequente do roteiro.
(Por quê? Porque é preciso que o estudante saiba que todo bom texto é planejado, e o planejamento é condição fundamental da organização do texto escrito, muito diferente do texto falado. Para quê?  Para que, percorrendo as etapas, o aluno consiga superar os bloqueios à produção de texto.)
       Objetivos mais específicos:
: explicar a tempestade cerebral e mostrar que a fala pode ser ponto de partida para a escrita;
: recapitular quatro conceitos: o de frase, o de oração, o de período e o de parágrafo;
: demonstrar como se faz um parágrafo padrão (que tem de dois a três períodos);
: fazer o aluno entender a necessidade de estabelecer uma tese com expressão valorativa;
: mostrar que ela é o tópico frasal (ou tópico de parágrafo) da introdução dentro do parágrafo padrão (formado por dois ou três períodos);
: trabalhar com causas e efeitos;
: expor, em linhas gerais, a função da conclusão (outro parágrafo padrão), que, no Enem, deve conter proposta de intervenção.
9.      A tempestade cerebral e o planejamento da redação.


Aula expositiva dialogada.
Quadro, apagador e pincel.
Avaliação formativa em forma de exercício.
1.      expor, explicar e exemplificar as características da introdução;
2.      demonstrar que ela apresenta a tese (opinião fundamentada)
3.      mostrar que ela antecipa os argumentos que serão usados no desenvolvimento;
4.      apontar a importância do uso de expressões valorativas, que são modalizadores discursivos;
5.      indicar alguns movimentos retóricos da introdução: declaração inicial, reflexão histórica, etc.
10.      A introdução e a tese (tópico de parágrafo do introito): estrutura da introdução e uso de expressões valorativas e de modalizadores discursivos no período que corresponde à tese.

Aula expositiva dialogada.
Quadro, apagador e pincel.
Avaliação formativa oral em forma de maiêutica.
1. demonstrar o funcionamento da conclusão;

2. mostrar que a conclusão está inevitavelmente vinculada à introdução;

3. mostrar que ela apresenta proposta ou propostas de intervenção ou solução;

4. realçar a importância de apontar os meios de implementar a proposta.
11.  O parágrafo de conclusão e as características da proposta de intervenção esperadas pela banca do Enem.

Aula expositiva dialogada.
Quadro, apagador e pincel.
Avaliação formativa oral em forma de maiêutica.
1. mostrar  a progressão textual em consonância com os movimentos retóricos de causa e efeito;

2. mostrar o argumento de autoridade;

3. exemplificar a indução e a dedução;

4. mostrar o funcionamento de exemplos e citação de fatos de conhecimento geral ou de domínio público.
12.  O desenvolvimento da redação: como trabalhar com causas e consequências, fatos, exemplos, deduções e induções para defender a tese.


Aula expositiva dialogada.
Quadro e pilot.
Avaliação formativa: divisão da turma em grupos: cada grupo receberá tiras de papel a fim de uni-las num texto-dissertativo-argumentativo.
1. distinguir a coerência interna da externa.
13.  Coerência textual.


Aula expositiva dialogada.
Quadro, pilot e cópias de textos a serem escolhidos.
Avaliação formativa: exercícios.
1. expor e exemplificar o silogismo;

2. expor e exempolificar o antilogismo (sofisma).
14. Lógica formal: silogismo e antilogismo.

Aula expositiva dialogada.
Quadro, pilot e cópias de textos a serem escolhidos.
Avaliação formativa: cada aluno é convidado a montar um silogismo ou um antilogismo.
1. apontar a diferença entre texto e não-texto;

2. distinguir a coesão sequencial da referencial;

3. expor e ilustrar a coesão referencial endofórica;

4. expor e ilustrar a coesão referencial exofórica;

5. distinguir a coesão referencial endofórica por anáfora da que se dá em forma da anáfora.
15.  Coesão textual.


Aula expositiva dialogada.
Aparelho de som para a reprodução da música Inimigo, da banda brasiliense As Mercenárias.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
1. fazer o estudo de casos que ilustrem a clareza, a simplicidade, a unidade, a correção, a concisão e a precisão.
16.  Clareza, simplicidade, unidade, correção, concisão e precisão.


Aula expositiva dialogada.
Quadro e pilot e fotocópias do capítulo VIII do livro Redação com base na Linguística (e não na Gramática).
Avaliação formativa:
leitura do material selecionado.
1. mostrar que o pronome você não deve ser usado.
17.  Marcas da impessoalidade e ausência de interlocução na redação do Enem.

Aula expositiva dialogada.
Quadro, pincel e apagador.
Avaliação formativa oral: maiêutica.
Revisão para a avaliação somativa trimestral.
Avaliação somativa trimestral.
Recuperação paralela.
Recuperação trimestral.

Recuperação final.

Observações:

1ª Observação: É indispensável que, durante o emprego da maiêutica, o professor pergunte aos alunos qual palavra entre o início e o fim de uma frase é verbo. Em caso de dúvidas dos alunos, deve propor que tentem conjugar nomes, tais como as palavras cadeira, mesa e chão. Não faz sentido dizer “eu cadeira, tu cadeira, ele cadeira”, mas é lógico dizer “eu cheguei, tu chegaste, ele chegou”. Esse teste é a prova cabal: dissipa quaisquer dúvidas. Todos os alunos precisam reconhecer o verbo; do contrário, continuarão chegando ao ensino médio (e talvez ao ensino superior) sem que saibam conscientemente o que é essa classe gramatical.

2ª observação: As coerências interna e externa de qualquer texto sempre vêm a reboque; os diferentes tipos de coesão também.
3ª observação: Pretende-se que cada aula seja dividida em cinco partes:
1ª parte: revisão do conteúdo da aula anterior;
2ª parte: lançamento do conteúdo novo da aula;
3ª parte: explicação e exemplificação do conteúdo novo;
4ª parte: fixação da matéria por meio de exercícios;
5ª parte: dúvidas dos alunos.


4ª observação: Os pressupostos teóricos abaixo presidem à metodologia e aos procedimentos de ensino deste plano:

Os três tipos de conteúdo

conteúdos atitudinais: são os valores que o aluno constrói e carrega, tais como: respeito para com todos os que estão ao seu redor, respeito à autoridade e à instituição escolares e respeito ao patrimônio;
conteúdos procedimentais: são um conjunto de habilidades, como folhear o índice de um livro ou consultar um dicionário (e não apenas o Google);
conteúdos conceituais: são os conteúdos específicos das diferentes disciplinas.

Os tipos de conteúdo podem se unir: Numa aula de Português, por exemplo, eu posso dizer que não há apenas uma forma de dizer determinada frase, que varia de acordo com vários fatores, dos quais um é o nível de formalidade. A partir disso, eu poderia deixar claro que não há apenas um modelo linguístico correto ou superior aos outros. Dessa forma, eu desenvolveria não apenas um conteúdo específico da disciplina, mas também um valor, isto é: um conteúdo atitudinal. Este, por sua vez, poderia gerar outro: os alunos deixariam de zombar de um colega que tivesse sotaque.
O grande desafio hoje é desenvolver conteúdos atitudinais. Sem eles, os alunos não vão folhear livros, não vão valorizá-los e consequentemente não vão desenvolver os outros dois tipos de conteúdo. Detalhe: os conteúdos atitudinais dizem respeito à ideologia, que não é vista como tal e que está ligada ao currículo oculto.

Os três tipos de avaliação

avaliação diagnóstica: é uma avaliação de sondagem. Não saber, assim como o próprio saber, não é uma doença. Tenta averiguar o que o aluno sabe, o que não sabe, o que é capaz de fazer em prova e se já tem pré-requisitos para as matérias do novo ano escolar, o que se coaduna bem com dois conceitos: o de zona de desenvolvimento proximal, que é formada pelo que o aluno não sabe, mas já é capaz de aprender por já ter os pré-requisitos; e o conceito de zona de desenvolvimento real, formada pelo que o aluno realmente já sabe ou já é capaz de fazer. Tais zonas são taxinomias de Lev Semyonovich Vygotsky, uma das tantas e tantas inteligências que a Rússia, minha segunda pátria-mãe, forneceu ao mundo. Um exemplo: quando uma criança sabe somar, diminuir e multiplicar bem, tais habilidades, devidamente cristalizadas, compõem a zona de desenvolvimento real; a divisão, por sua vez, está na zona de desenvolvimento potencial.
avaliação formativa: É usada para construir ou formar o conhecimento. Todas as atividades em sala são avaliações formativas. Seu objetivo não é proporcionar nota, mas sim fazer com que o aluno expanda a zona de desenvolvimento real. Está diretamente ligada ao método e, consequentemente, à metodologia de ensino.
avaliação somativa: Seu compromisso não é com o conhecimento, mas sim com atribuição e soma de notas.

Referências[1]:

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AMORIM, Monika Benttenmüller; GONÇALVES, José Carlos.  “Aula 1 – Português: Nossa Língua Materna?”. Português VIII.  Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2016.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires.  Filosofando: Introdução à Filosofia.  São Paulo: Moderna, 1986.

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz.

______. Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro.

BAKHTIN, Mikhail. “Os gêneros do discurso”. In: ______. Estética da Criação Verbal.

BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.  Fundamentos de Metodologia.  São Paulo: McGraw-Hill, 1986.

BIAR, Liana; PINNA, Rafael; RABIN, Bruno.  Pré-Vestibular Social: redação (v. 1).  4. ed. revisada.  Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2014.

BECHARA, Evanildo.  Moderna Gramática Portuguesa.  37 ed.  Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar.  Português: Linguagens: v. 3.  7. ed reform.  São Paulo: Saraiva, 2010.

CINTRA, Lindley; CUNHA, Celso.  Nova Gramática do português contemporâneo.  5. ed. 7ª reimpressão.  Rio de Janeiro: Lexicon, 2008.

FERNANDES, Francisco. Dicionário de verbos e regimes.

FERREIRA, Marina; PELLEGRINI, Tânia.  Redação, palavra e arte.  São Paulo: Atual, 1999.

FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar Gramática.

FLORENTINO, Adilson; MARTINS, Angela M. Souza; CARINO, Jonaedson; SÁ, Marcia Souto Maior Mourão; SILVA, Marco; THOMAZ, Sueli Barbosa; WILKE, Valéria. Fundamentos da Educação I. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2008.

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KENEDY, Eduardo; LIMA, Ricardo. Linguística II. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2012.

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MAGALHÃES, Diógenes.  Redação com base na Linguística (e não na Gramática).  10. ed.  Rio de Janeiro: Edições Coisa Nossa, 2008.

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TEIXEIRA, Flávia A. R.. Aula 2: Gêneros Textuais. In: ______ et al. Língua estrangeira: inglês instrumental. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2015.


[1] Sujeitas a alterações. A ciência sempre avança.

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